7 razões pra ficar de olho na Maratona de Boston 2025
- Renata Monte Alegre
- 14 de abr.
- 3 min de leitura

Na próxima semana, os olhos de quem ama corrida de rua — dos amadores aos profissionais — vão se voltar pra um dos eventos mais emblemáticos do calendário: a Maratona de Boston. No dia 21/4, a cidade vira palco de histórias que misturam tradição, superação e emoção pura. E, pra te deixar no clima, separei sete pontos que podem transformar a edição de 2025 em algo ainda mais especial. Bora conferir?
A nova medalha
Depois da repercussão negativa com o design de 2024, Boston voltou com tudo. A medalha da 129ª edição vem repaginada: formato circular (ao invés do tradicional semicírculo com base retangular), e menos destaque pro patrocinador — o que deixou o visual mais limpo e elegante. A crítica do ano passado veio justamente porque a organização abandonou o modelo recortado usado desde 2021, que era quase uma marca registrada. Agora, parece que ouviram os corredores. E acertaram em cheio.
Tempo: um fator que muda tudo
Se tem uma prova onde o clima faz (muita) diferença, é Boston. Em 2018, por exemplo, o frio e a chuva foram tão intensos que mais de 3 mil corredores nem apareceram na largada. E dos que começaram, 1.200 abandonaram no meio do caminho. Em compensação, em 2012, os termômetros chegaram a 33°C. Ou seja: lá, o tempo é um personagem à parte.
Pra 2025, a previsão ainda é inicial, mas promissora: tempo limpo, temperatura entre 8°C e 13°C durante a prova e apenas 7% de chance de chuva. É bom manter o radar ligado — em Boston, o céu pode mudar de humor rapidinho.
Inscritos x Finishers: nem todo mundo cruza a linha de chegada
Boston é exigente. E isso se reflete nos números. Muita gente se inscreve, mas nem chega a largar — seja por lesão, imprevistos ou simplesmente por não estar pronto. Outros começam, mas desistem no caminho. Até desclassificação e erros de percurso entram na conta. Globalmente, entre 10% e 30% dos inscritos não cruzam a linha de chegada. Em Boston, esse número tende a ser menor, mas ainda assim chama atenção. Uma boa lembrança de que só largar já é um feito. Terminar, então, é vitória completa.
Mais gente, mais diversidade
Em 2025, a Maratona de Boston cresceu: são 31.941 inscritos, 2.490 a mais que no ano passado. E o crescimento veio em todas as frentes. Destaque pra participação feminina, que subiu 8,75% (contra 8,12% dos homens). Mas o número que mais impressiona é da categoria não-binária, que teve um salto de 43,4%. Um sinal claro de que inclusão e representatividade estão ganhando espaço também nas ruas de Boston.
Brasileiros e a conquista da mandala major
Tem recorde brasileiro vindo aí. Se tudo correr como esperado, 127 maratonistas do Brasil devem conquistar a tão sonhada mandala major em Boston — o maior número já registrado em uma única prova, superando os 110 concluintes de Tóquio em março deste ano. Ao todo, o Brasil já soma 605 atletas com as 6 estrelas das majors no currículo (187 mulheres e 418 homens), além de 365 com 5 estrelas. Tá achando pouco? Vai ver o que tem de treino, lágrima e persistência por trás desses números…
Comemorações históricas
Além de tudo isso, a edição deste ano carrega dois marcos emocionantes: são 50 anos da estreia oficial da categoria cadeirante na prova — graças a Bob Hall, que em 1975 completou o percurso em 2h58 e abriu caminho pra mais de 1.800 atletas ao longo das décadas. E tem mais: 2025 também marca os 250 anos do Patriots' Day, feriado que celebra os primeiros passos da Revolução Americana e que está entrelaçado com a história da maratona desde sua criação, em 1897. Não à toa, essa referência aparece no verso da medalha deste ano.
E a elite, como vem?
Forte. Muito forte. Hellen Obiri (Quênia) tenta um feito raro: vencer pela terceira vez consecutiva — algo que não acontece desde 1999 no feminino. No masculino, Sisay Lemma (Etiópia) volta como campeão, mas vai ter pela frente nomes como Evans Chebet (bicampeão) e os norte-americanos olímpicos Conner Mantz e Clayton Young. Vai ser bonito de ver.
Agora me diz: qual desses pontos mais te chamou atenção? Se fosse pra correr Boston um dia, o que te motivaria mais — a medalha, o percurso, o clima, ou a mística que envolve tudo isso? #jornalcorrida