Mapa das Emoções: Maratona de Chicago 2025

Atenção corredor, o convite agora é pra vc preparar sua mente antes de enfrentar os 42km nas ruas de Chicago. A ideia é muito simples: correr essa prova dentro da sua cabeça, um exercício chamado de visualização e q funciona como um treino mental de alto impacto.

Em vez de esperar a surpresa de cada km, você se antecipa: imagina o que vai sentir, prevê os pontos de dificuldade e já projeta como vai reagir. É uma técnica usada por profissionais e amadores porque ajuda a transformar ansiedade em foco, insegurança em estratégia e cansaço em superação.

Quando você visualiza, seu corpo reconhece o terreno emocional antes mesmo de chegar nele. E no dia 12/10, isso pode ser o diferencial entre quebrar no meio ou cruzar a linha da Columbus Drive em êxtase. Bora rodar o filme da sua prova em 12/10?

Km 0 – Largada no Grant Park Grant Park / Columbus Dr. (ao lado do Millennium Park)

Emoção: Ansiedade e Euforia Pura. Você está no coração da cidade, cercado por dezenas de milhares de pessoas. O hino, a contagem regressiva, a fumaça dos fogos.

DIKKA: O corpo quer disparar, mas o jogo só está começando na sua cabeça: então respira fundo e segura o freio.

Km 1 – O Morrinho esquecido (viaduto sobre a Roosevelt Rd.)

Emoção: Surpresa + Alerta.

Logo de cara, um aclive leve, mas real. Aquele 'primeiro morro' que ninguém fala, num viaduto que passa por cima da Roosevelt Rd. Se correr no embalo da adrenalina, já gasta energia à toa.

DIKKA: Aqui a ordem é ir no controle, pq ainda tem muito chão pela frente.

Km 2 – The Loop (GPS enlouquece entre os arranha-céus)

Emoção: Era pra te pegar de supresa, mas agora vc já sabe! Entre os arranha-céus, o relógio pode perder a noção. Ritmo descompassado na tela, a cabeça pode ficar na dúvida: “estou rápido demais ou devagar?”.

DIKKA: O truque é confiar no corpo e focar no som da suas passadas e na sua respiração. Confie mais no corpo que na tela. Lembre-se: não é a tecnologia não manda no seu ritmo, mas a sua cabeça!.

Km 3 – River North (as pontes metálicas sobre o Chicago River)

Emoção: Atenção Redobrada. É hora de cruzar o Chicago River pelas primeiras pontes metálicas. Tapetes azuis cobrem o chão para evitar escorregões.

DIKKA: nas pontes, mantenha o foco no apoio do pé, porque um deslize mental é tão perigoso quanto o físico.

Km 4 – Near North Side / State Street (o túnel de energia)

Emoção: Exaltação. Ao virar na State Street, o corredor é engolido por uma onda sonora. O barulho da torcida é ensurdecedor. Você se sente uma celebridade.

DIKKA: Sentir a empolgação da galera é faca de dois gumes: pode dar asas, mas também pode roubar energia cedo demais.

Km 5 – Old Town (o equilíbrio)

Emoção: Ajuste e confiança. Já fora do labirinto do centro, o GPS começa a estabilizar, o coração encontra cadência e a respiração se encaixa. É a hora de sentir o corpo engrenar, de confiar no treino.

DIKKA: O desafio agora é segurar o ritmo certo e entrar em modo cruzeiro.

Km 6 a 8 – Lincoln Park, o respiro verde

Emoção: Calma aparente.

Depois da explosão inicial do centro, o percurso entra em trechos mais abertos. Árvores, ar fresco, corredores já espaçados. Parece que tudo ficou mais fácil.

DIKKA: O aparente alívio nesse trecho pode ser traiçoeiro: ainda é cedo demais para achar que está 'sobrando'.

Km 8 a 10 – Lakeview / Boystown (a festa)

Emoção: Diversão e overdose de estímulo. Drag queens em palcos, música alta, torcida delirante. É como se a corrida tivesse virado bloco de carnaval. Energia que contagia, mas pode te fazer acelerar sem perceber.

DIKKA: o truque é aqui pegar o boost da galera sem trair o seu pace. E sorria, afinal você está correndo a Maratona de Chicago!

Km 11 a 13 – Old Town Triangle (a transição)

Emoção: Foco interno. As ruas ficam mais tranquilas, o barulho da torcida cai um pouco. É hora de checar postura, respiração, pernas. Mentalmente, você começa a sentir que a prova agora é sua, não só da cidade.

DIKKA: Momento para um reset mental.

Km 14 a 16 – West Loop / Greektown

Emoção: Confiança em construção.

Você já está bem longe do Grant Park. Entra em bairros cheios de cultura e boas torcidas, mas os trechos ficam longos e retos. É aqui que muita gente percebe: 'ok, agora é de verdade, já passei do aquecimento.”

DIKKA: o jogo é de paciência: ritmo estável, hidratação em dia.

Km 17 a 19 – University Village / Little Italy

Emoção: Concentração. O corpo já sente o peso da distância, mas ainda está relativamente fresco. O desafio é não se distrair com o tédio das retas e manter a mente ocupada.

DIKKA: Boa hora pra revisar metas, lembrar do treino e de sorrir para os estímulos ao redor.

Km 19 a 21 – Pilsen (chegada à meia)

Emoção: Calor humano + checkpoint mental. O bairro mexicano é pura música, cores e torcida vibrante. A energia é quase carnavalesca, um dos pontos altos da prova. E logo ali está o marco dos 21 km: metade cumprida, metade por vir. A sensação é dupla: conquista + responsabilidade.

DIKKA: Se você chegou aqui inteiro, está no jogo. Mas é aqui também que nasce aquela pergunta inevitável: “será que consigo manter até o fim?”. Acredite que sim e siga em frente!

Km 21 a 24 – Saindo de Pilsen

Emoção: O primeiro choque da realidade. A animação mexicana fica para trás, e os trechos ganham mais silêncio. O corpo começa a cobrar a conta. Aqui você entra no modo negociação interna: “seguro o pace ou arrisco acelerar?”.

DIKKA: Pra fazer a melhor escolha daqui pra frente, sua mente precisa de calma e disciplina. Evite entrar no modo desespero.

Km 24 a 26 – Chinatown, o último grande show

Emoção: A sensação é de renascimento! Portões vermelhos, dragões, multidão barulhenta. Chinatown é a última explosão cultural antes da reta final. A energia da torcida te devolve fôlego, mesmo que o corpo já esteja gritando.

DIKKA: Aqui é um excelente momento para recarregar baterias, use sem exagero!

Km 27 a 30 – South Side / Bronzeville

Emoção: O deserto mental. Ruas largas, menos torcida, mais espaço para ouvir seus próprios pensamentos. É aqui que muitos quebram. Cada quilômetro parece mais longo.

DIKKA: O segredo a partir daqui é dividir o percurso em micro-objetivos: o próximo poste, até a próxima placa, até o próximo copo de Gatorade.

Km 30 a 34 – Prairie District / McCormick Place (ventos e solidão)

Emoção: A luta invisível. O apelido “Windy City” pode se tornar realidade aqui. Se o vento aparece, ele pega de frente. Se não, o desafio continua sendo a solidão do trecho. Esse é o km onde você corre com as pernas já gastas e a mente no automático.

DIKKA: É aqui que começa a prova de verdade. Respira fundo, acredita que seu ciclo foi o suficiente e siga em frente!

Km 35 a 37 – South Loop (voltando para o centro)

Emoção: Ressurgimento da esperança. As ruas voltam a encher de gente, os prédios reaparecem. A meta mental muda: agora é contagem regressiva. Faltam 7 km, mas parece uma eternidade.

DIKKA:  Se o corpo pedir desistência, foque na cidade te puxando com força de volta para a linha de chegada.

Km 38 a 40 – A travessia mais difícil.

Emoção: O ponto mais escuro antes da luz. Esses dois km são os mais cruéis nos 42km. As pernas estão duras, o estômago já não aceita gel, e a mente se divide entre desistir e resistir.

DIKKA: Aqui o mantra clássico entra: “14km com a cabeça, 14km com as pernas, 14km com o coração”. Agora é o coração no comando. Mas lembre-se: vc treinou para isso!

Km 41 – Roosevelt Rd. (o morrinho final)

Emoção: A muralha. O único aclive significativo da prova, no último km (parece até piada de mau gosto). A multidão grita, mas quem manda agora é a mente: cada passo é um grito interno.

DIKKA: Você deve escalar esse morro com tudo que restou!

Km 42 a 42,195 – Columbus Dr. / Grant Park (reta da glória)

Emoção: Catarse. Você dobra a esquina, vê a faixa azul da chegada e ouve a cidade inteira vibrar. Tudo que doeu se transforma em êxtase. O peito infla, a medalha já é sua. É o fim de uma maratona e o começo de uma nova versão de você.

Parabéns, maratonista!