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São Silvestre: na corrida mais antiga, o sorteio mais novo

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Pela primeira vez, a São Silvestre usou o número público da Loteria Federal pra decidir quem calça o tênis no réveillon da Paulista, numa prática q deverá ser cada vez mais comum no universo da corrida de rua no Brasil. Vc sabe como isso funciona?


No palco da São Silvestre centenária, quando 56.714 corredores aguardavam por mais uma chance, os organizadores decidiram abrir 5 mil vagas extras, mas sem simplesmente “quem pagar primeiro, leva”. Por isso, a solução foi escolher um modelo matemático auditável, randômico e ancorado no resultado da Loteria Federal, para definir quem mais estará na largada da Av. Paulista, em 31/12. Mas como isso foi feito?


Como funcionou?

  1. Foi divulgado um período para cadastro: de 29/10 a 02/11 os interessados em uma das 5 mil vagas extras preencheram um formulário e, em 7/11, receberam um número da sorte.

  2. No sábado 8/11, a Loteria Federal sorteou cinco prêmios. A partir dos últimos dígitos de cada um desses prêmios se extraiu o critério para o sorteio das vagas.

  3. A regra usada: foram criadas 10 séries, numeradas de 0 a 9. Cada série representou um bloco de números de inscrição (por exemplo, série 0 = 00000-09999; série 1 = 10000-19999; e assim por diante).

  4. Para cada série, definiu-se um ‘número de partida’ com base no último dígito dos prêmios da Loteria. Esse primeiro número, igual ou superior ao digito de referência na respectiva série, passava a ser o número vencedor da série. A partir dele se contavam os 500 números seguintes consecutivos dentro daquela série para completar os 500 contemplados.

  5. Fazendo isso para cada uma das 10 séries, chegava-se aos 10 × 500 = 5.000 ganhadores.


Resumo dessa regra, na prática: imagine que seu número da sorte é 10234 e, portanto, você está na série 1. Se o “número de partida” da série 1 for, digamos, 10230, então os números de 10230 a 10729 seriam os 500 contemplados daquela série. Se você está dentro desse intervalo, ganhou. Se ficou antes ou depois, não entrou.


Ou seja: o processo trouxe uma combinação entre sorte pública e divisão em blocos estruturados, garantindo que não fosse ‘quem clicou primeiro’ ou ‘quem pagou mais rápido’, mas sim um critério auditável e randômico.


Por que isso importa pra você, que se inscreveu?

  • Mesmo que você estivesse entre os 56.714 inscritos, só teria direito a uma das 5 mil vagas extras se o seu número da sorte caísse dentro dos blocos definidos por série.

  • Depois de sorteado, você ainda precisa concluir o processo pagando a taxa de inscrição até 14/11, para garantir a vaga. Só ser sorteado, não basta!

  • Se não fizer o pagamento no prazo, a vaga volta ao sistema e poderá haver segunda chamada.


Essa sistemática reforça a busca por maior transparência na 100ª edição dessa prova que é símbolo das corridas de rua no Brasil. Quem conseguiu a vaga agora tem que confirmar (ou seja, pagar e protocolar) até 14/11 e só depois se preparar para largar em 31/12 na Paulista. E quem ainda está de fora, vale lembrar: o sorteio não é o fim da história, só mais uma volta nesse percurso de tradição e recomeço que a São Silvestre escreve há 100 anos. #jornalcorrida #100SãoSilvestre

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