Como acertar as tangentes no Aterro do Flamengo
- Renata Monte Alegre
- 3 de jun.
- 2 min de leitura

Se tem uma certeza na Maratona do Rio, é essa: mais cedo ou mais tarde, você vai encarar o Aterro do Flamengo. Saber correr ali é mais que meio caminho pra uma boa prova.
Não importa se vc vai pros 5K ou pros 42K, se tá estreando no asfalto ou já tem quilometragem de sobra nas pernas: o Aterro aparece em todas as distâncias. Plano? Sim. Mas não se engane: ele cobra atenção.
A pista é larga. Muito larga. E quem não corre com inteligência, acaba rodando metros (e gastando energia) à toa. Isso sem falar nos retornos “bate-volta” q aparecem justo ali, pra te testar na reta final.
Pra não desperdiçar perna, e nem passada, se liga nessas dicas de ouro pra acertar a tangente no Aterro do Flamengo:
Trace a linha reta na cabeça.
Enxergou uma curva à frente? Já imagina a linha mais curta entre os pontos. Evite o ziguezague sem noção.
Esquece a mureta da orla.
Correr colado na beira da pista é bonito na foto, mas péssimo pro GPS. Mantenha-se centralizado.
Antecipe as curvas.
Viu q vai virar? Já começa o movimento. Quanto mais suave e contínuo, melhor a tangência.
Retorno em U? Faça rente.
Tem cone? Tem retorno? Contorne justo. Não precisa cortar caminho (nem pode!), mas dá pra economizar metros com inteligência.
Pegou água? Volta pro traçado.
Muita gente desvia no posto de hidratação e esquece de voltar pra tangente. Cada metro fora da linha ideal pesa.
Cuidado com o efeito “manada”.
O pelotão pode te arrastar pra fora sa tangente. Use a cabeça. Posicione-se com estratégia.
GPS não mente (muito).
Se o seu relógio marcar metros numa prova… Vc perdeu tangência, simples assim. Treine isso nos treinos.
Corredor em grupo? Alinhe, não empilhe.
Por favor, evite formar paredões de corredores. Isso atrapalha todo mundo e força desvios desnecessários.
Dica BÔNUS pros 42K: No centro histórico, a brincadeira fica mais técnica: praça, esquina, curva sobre curva. Ali, tangenciar bem pode ser a diferença entre fechar os 42.195m ou correr mais sem nem perceber.
Em algumas majors gringas, como Berlim ou Nova York, uma “linha azul” no asfalto mostra a tangente ideal. No Brasil? Ainda não temos isso. Mas tá aí uma baita oportunidade pra alguma marca deixar de só estampar camiseta e começar a ajudar o corre de verdade.