Os Túneis da Maratona de SP 2025
- Renata Monte Alegre
- 1 de abr.
- 2 min de leitura

Correr em túneis? Sei que não é consenso. Tem gente que ama, tem gente que detesta – meio termo, quase nunca vi. Mas sejamos realistas: em uma prova urbana, é praticamente impossível escapar das estruturas que moldam nossas cidades – pontes, viadutos, túneis... Eles fazem parte do pacote da corrida de rua, gostemos ou não.
Na Maratona de São Paulo, os túneis são presença garantida – e marcam momentos bem específicos da prova:
Na ida, os corredores nos 42k e 21k encaram dois túneis: o do Tribunal de Justiça (824m), ali na região do Ibirapuera, e o Dr. Zerbini (500m), perto da entrada da USP, mas somente para os maratonistas.
Na volta, o Zerbini aparece de novo, agora no sentido do Jockey Club – e de novo, exclusivo para quem está nos 42k. Já quem está na meia maratona encontra com os maratonistas passando pelo Túnel Presidente Jânio Quadros, que cruza o Rio Pinheiros com seus quase 1,9 km, e depois o grupo ainda pega o túnel do Tribunal de Justiça, já na reta final,perto do Ibira.
Ah, e pra quem vai nos 10k ou 5k? Pode ficar tranquilo: esses percursos estão livres de túneis.
Agora, sejamos sinceros: os túneis têm seus desafios. São mais abafados, escuros e, por causa da umidade, o asfalto tende a ser mais irregular. Some a isso um desnível de quase 20 metros – entrar e sair deles exige perna e cabeça. Mas tem boa notícia: os túneis também refrescam! Em média, podem ser até 5ºC mais frios!
Minha dica? Se você corre com fone, experimente tirar ao entrar nos túneis. Presta atenção no som das passadas. O eco, o ritmo coletivo… tem algo quase hipnótico nisso. Pode parecer bobagem, mas esse pequeno gesto muda a experiência. Te conecta com a prova, com os outros corredores – e com você mesmo!
No fim, o mais importante: não desanime. Todo túnel tem uma saída. E tomara que a saída te leve a cada vez mais linhas de chegada – em distâncias longas, novas cidades e muitos desafios superados. #jornalcorrida #maratonadesp2025 #corridaderua